TANNIN FER, retalhos de um processo
  • TANNIN FER, retalhos de um processo
    11 Dezembro 2019

    14 dezembro 2019 – 01 fevereiro 2020
    Inauguração: 14 dezembro 2019, 17h
    Casa-Museu Abel Salazar

    Tannin-Fer, retalhos de um processo é uma extensão do colóquio Modos de Olhar e Representar – anotações sobre visualizações e produção de conhecimento em ciência integrado no ciclo Retratos Tano-Férricos – cruzando arte, ciência e história da ciência nos 130 anos de Abel Salazar, organizado e coordenado por Maria Strecht Almeida, docente do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. A instalação é um exercício de comunicação de (história da) ciência; enfatizando o processo, explora o método tano-férrico de Salazar, dissecando-o em diferentes materialidades.

    A instalação coexiste com um trabalho da artista plástica Maria Manuela Lopes – Ensaio organizado de experiência adquirida 1 – de apropriação das janelas da varanda da Casa-Museu Abel Salazar por imagens transformadas de um conjunto de lâminas histológicas do investigador.

    Em Tannin-fer(…), num primeiro núcleo, bugalhos (ou nozes-de-galha), folhas secas e lascas de ferrugem representam tanino e ferro; estes materiais são de imediato associados a um contexto de laboratório pelos recipientes em que são apresentados, facilmente reconhecíveis como tendo essa origem. Um segundo núcleo expõe um bloco de parafina de grande dimensão, ampliando os usados na inclusão de material biológico para processamento. Finalmente, o terceiro núcleo surge como um mosaico de tinas de coloração, balões e outros vasos, mostrando algumas das soluções usadas, de cores diversas; de alguma forma, o arranjo em mosaico representa o esforço de composição das imagens histológicas pelo recurso a diferentes corantes em associação com o método tano-férrico.

    Le Tannin-Fer-II-Giemsa est une des plus belles combinaisons chromatiques qu’on peut réaliser à l’aide du Tannin-Fer-II. (Salazar, manuscrito 05397.027)