
Museu Júlio Dinis – Uma Casa Ovarense
Uma breve história da Casa-Museu
A Casa dos Campos é um exemplar da arquitetura popular, de finais do séc. XVII.
Imóvel térreo, apresenta planta alongada, com fachada singela, de porta e janela, na qual se destacam as padieiras com perfil curvo. A sala, com entrada direta para a rua, acede o quarto principal e a cozinha, através de um longo corredor, onde se dispõem divisões interiores. A cozinha, com acesso à eira e exterior, tinha ligação interna à despensa, currais e casa da eira, áreas demolidas no século XX.
A Casa dos Campos foi classificada Monumento de Interesse Público, em 1984.
O Museu foi inaugurado, em 1996, reabilitado e ampliado, em 2012.
Missão
O Museu Júlio Dinis – Uma Casa Ovarense tem como missão valorizar a passagem do escritor por Ovar, dando destaque à influência que esse período teve na sua obra literária, associando-lhe a preservação da típica casa vareira que ele habitou em 1863 – a Casa dos Campos. Pretende-se salvaguardar uma herança cultural local de repercussão nacional, focalizada no século XIX, criando condições museológicas adequadas às suas especificidades e conferindo-lhe uma leitura contemporânea.
Atualidade
O museu, tutelado pela Câmara Municipal de Ovar, acolhe e promove projetos culturais, de iniciativa local e nacional, reunindo na biblioteca um valioso fundo bibliográfico, o qual, dá a conhecer a evolução das publicações dos diversos títulos, algumas de grande valor histórico e patrimonial, estudos académicos e ensaios sobre a vida e obra do escritor.
O espólio da “Casa dos Campos” é constituído pelo recheio original da habitação, datado entre finais do século XVII e meados do século XIX, e peças de época, depositadas pelos museus locais, doações de particulares e adquisições da tutela.



O patrono Júlio Dinis
Em inícios de 1863, Júlio Dinis, pseudónimo literário de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, debilitado pela tuberculose, viu-se obrigado a abandonar o concurso para o lugar de Demonstrador da Escola Médico-Cirúrgica do Porto. O seu estado de saúde não lhe permitia e almejar uma carreira na docência da medicina.
A conselho dos médicos e de seu pai, decidiu tentar um período de convalescença em Ovar, vindo apanhar aqui “o ar da brisa marítima” e descansar, tendo chegado a 7 de maio de 1863 e ficado hospedado na Casa dos Campos, da tia paterna D. Rosa Zagalo Gomes Coelho, que vivia com a sua filha Maria Zagalo Gomes Coelho.
Sabia que…
Sabia que na tranquilidade da casa da Tia Rosa, durante cerca 4 meses, Júlio Dinis «transformou» em literatura toda a sua experiência de vida.
Em Ovar, Júlio Dinis esboçou os romances “As Pupilas do Senhor Reitor”, “A Morgadinha dos Canaviais”, e a novela “O Canto da Sereia”, bem como redigiu diversas cartas e poemas.
O convívio com as pessoas de Ovar inspirou Júlio Dinis, não só no processo de criação das personagens, como na construção dos enredos. Ao complementar os romances com a designação “Crónica de Aldeia”, Júlio Dinis demonstrou o seu objetivo em descrever os costumes rurais e as tradições populares que observou.



Contactos
Rua Júlio Dinis, nº 81
3880-283 Ovar
t.: 256 581 378
museujuliodinis@cm-ovar.pt
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Como visitar
3.ª feira a sábado
09h30 – 12h30 / 14h00 – 17h00
Encerra aos domingos, segundas e feriados.
Como ir
GPS 40.860385,-8.628259
